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Textos

18 de maio: Dia da Luta Antimanicomial
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A data nos convida à reflexão acerca da importância do cuidado integral, da atenção e do respeito às diferenças; promovendo a transformação dos serviços psiquiátricos e psicológicos visando a busca por uma atenção abertamente humanizada, com base comunitária associada à reabilitação psicossocial.

 

Ela é marcada pela luta do direito das pessoas em não serem sentenciadas a um hospital psiquiátrico aguardando o fim da vida. Uma sentença que tem unica e exclusivamente a intenção de conter e esconder a loucura.

 

Uma sentença proferida pelo fato de essas pessoas terem cometido o grave crime de expressarem sua própria realidade e seguirem o curso natural dos transtornos que acometem suas próprias existências.

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É uma data de lutas e conquistas, para ser sempre lembrada a fim de evitar-se, novamente, o encarceramento (físico e psicológico) de tantas vidas.

Gagueira infantil: o que é e de que forma a Análise do Comportamento pode ajudar?

A produção da fala descreve a articulação clara de fonemas, que, combinados, formam as palavras faladas. Essa produção exige tanto o conhecimento fonológico dos sons da fala quanto a capacidade de coordenar os movimentos dos articuladores (mandíbula, língua e lábios) com a respiração e a vocalização para a fala. Crianças com dificuldades para produzir a fala podem apresentar dificuldade no reconhecimento fonológico dos sons da fala ou na capacidade de coordenar os movimentos para falar, nos mais variados graus.

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O transtorno da fala é desse modo, heterogêneo em seus mecanismos subjacentes, incluindo transtorno fonológico e transtorno da articulação. Um transtorno da fala é diagnosticado quando a produção da fala não ocorre como esperado, de acordo com a idade e o estágio de desenvolvimento da criança, e quando as deficiências não são consequências de prejuízo físico, estrutural, neurológico ou auditivo. Entre crianças com desenvolvimento típico, aos 4 anos de idade a fala geral deve ser inteligível; aos 2 anos, somente 50% pode ser passível de compreensão. O transtorno da fluência com início na infância, ou gagueira do desenvolvimento, ocorre até os 6 anos de idade para 80 a 90% dos indivíduos afetados, com a idade de início variando dos 2 aos 7 anos. 

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Normalmente, as disfluências têm início gradativo, com repetição das consoantes iniciais, das primeiras palavras de uma frase ou de palavras longas. A criança pode não perceber as disfluências. Com a progressão, elas ficam mais frequentes e causam interferência, ocorrendo nas palavras ou frases mais significativas dos enunciados. À medida que a criança percebe a dificuldade da fala, pode desenvolver mecanismos de esquiva das disfluências e reações emocionais, incluindo esquiva de falar em público e uso de enunciados curtos e simples. Pesquisas longitudinais mostram que 65 a 85% das crianças recuperam-se da disfluência, com a gravidade desse transtorno aos 8 anos sendo um preditor de recuperação ou persistência na adolescência ou após.

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Fatores de Risco e Prognóstico

 

Fatores genéticos e fisiológicos

O risco de gagueira entre parentes biológicos de primeiro grau de indivíduos com o transtorno da fluência com início na infância é mais de três vezes maior do que o risco na população em geral.

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Consequências Funcionais do Transtorno da Fluência com Início na Infância

Além de serem características da condição, o estresse e a ansiedade podem exacerbar a disfluência. Prejuízo no funcionamento social pode ser uma consequência dessa ansiedade.

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Déficits sensoriais

Disfluências da fala podem estar associadas a deficiência auditiva ou a outro déficit sensorial ou motor da fala.

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Disfluências normais da fala

O transtorno deve ser diferenciado das disfluências normais que ocorrem frequentemente em crianças pequenas, incluindo repetições de palavras ou expressões inteiras (p. ex., "Quero, quero sorvete"), frases incompletas, interjeições e pausas silenciosas.. Se essas dificuldades aumentam em frequência ou complexidade durante o crescimento da criança, é adequado um diagnóstico de transtorno da fluência com início na infância, feito por um fonoaudiólogo.

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Efeitos colaterais de medicamentos

A gagueira pode ocorrer como um efeito colateral de medicamentos, podendo ser detectada por uma relação temporal com a exposição à medicação.

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Transtorno de Tourette

Tiques vocais e vocalizações repetitivas do transtorno de Tourette devem ser passíveis de distinção dos sons repetitivos do transtorno da fluência com início na infância por sua natureza e momento do aparecimento.

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Fonte: AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (2014). Transtornos do Neurodesenvolvimento In: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais 5ª edição: DSM-5. Porto Alegre: Artmed. 

O que é Análise do Comportamento?

Você sabia que Behaviorismo Radical, Análise Experimental do Comportamento e Análise do Comportamento Aplicada não são a mesma coisa? Na realidade, todos esses conceitos estão inseridos no bojo da Análise do Comportamento. Carvalho Neto (2002) em seu texto intitulado “Análise do comportamento: behaviorismo radical, análise experimental do comportamento e análise do comportamento aplicada” nos ajuda na compreensão acerca da diferença entre essas subáreas e como elas estão intrinsecamente relacionadas. Vamos descobrir de que maneira?

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De acordo com Tourinho (1999) citado por Carvalho Neto (2002), o Behaviorismo Radical é o braço teórico, filosófico e histórico da Análise do Comportamento. Para Abib (2001) também citado no texto de Carvalho Neto (2002), o Behaviorismo Radical não seria apenas a filosofia de uma Ciência do Comportamento e sim da ciência como um todo, especialmente porque o behaviorismo radical vai muito além do âmbito psicológico, dando explicações acerca da natureza, produção e legitimação do próprio conhecimento científico.

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A parte empírica da Análise do Comportamento seria classificada como Análise Experimental do Comportamento ou simplesmente AEC, de acordo com Carvalho Neto (2002). Essa é uma subárea encarregada de conduzir a produção e validação de dados empíricos em uma ciência autônoma do comportamento; além do mais, o termo “experimental” diz respeito à produção do conhecimento de forma empírica que adota um planejamento de manipulação de variáveis em um contexto controlado e deliberadamente simplificado e artificial.

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E, por fim, a área ligada à criação e administração de recursos de intervenção social seria chamada de Análise do Comportamento Aplicada. Carvalho Neto (2002) explica que esse braço da Análise do Comportamento está ligado ao campo de intervenção planejada dos analistas do comportamento, seja nas práticas profissionais relacionadas com a clínica, escola, saúde pública, organização e onde mais houver comportamento a ser explicado e modificado.

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Então, sempre que você ouvir esses termos saiba que eles estão inter-relacionados, apesar de não significarem a mesma coisa. Além disso, nenhuma das três subáreas existiria de forma autônoma, por mais que, algumas vezes, haja certa confusão ao se tratar de tais conceitos.

 

Fonte: Carvalho Neto, M. B. (2002). Análise do comportamento: behaviorismo radical, análise experimental do comportamento e análise aplicada do comportamento. Interação em Psicologia, 6(1), p. 13-18.

As fobias na clínica comportamental

De acordo com McCabe, Antony & Ollendick (2015), os medos são normais, adaptativos e frequentes. É, talvez, por essa razão que as fobias específicas sejam consideradas, muitas vezes, triviais, dando lugar, às vezes, à seguinte pergunta: como um medo específico pode afetar seriamente a vida de alguém?

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De fato, é a presença de mal-estar ou um comprometimento funcional na vida diária de uma pessoa que distingue um medo comum de uma fobia específica. As fobias específicas constituem o mais frequente dos transtornos de ansiedade e encontram-se entre os transtornos mentais mais comuns. 

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No Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais - 4ª edição (DSM-IV-TR; APA, 2000), o traço mais característico de uma fobia específica é um medo acentuado e persistente de uma situação ou objeto específicos, como altura, sangue, animais, injeção e lugares fechados. Segundo os critérios oficiais, a exposição à situação ou ao objeto temido quase sempre elicia comportamentos respondentes e, geralmente, a pessoa evita o objeto ou a situação.

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Entretanto, é importante ser sensível ao medo que o outro sente, uma vez que só de pensar no estímulo fóbico, responder perguntas ou expressar palavras associadas com a fobia podem desencadear níveis importantes de ansiedade. É útil salientar que essa ansiedade é normal e que será necessário enfrentá-la para que o tratamento psicoterápico seja eficaz.

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Fonte: McCabe, R. E.; Antony, M. M. & Ollendick T. H. (2015). Avaliação das fobias específicas In: Caballo, V. E. (Org.) Manual para a Avaliação Clínica dos Transtornos Psicológicos: estratégias de avaliação, problemas infantis e transtornos de ansiedade. São Paulo, Santos.

Em defesa dos Direitos Humanos

O Dia Internacional dos Direitos Humanos é comemorado no dia 10 de dezembro. Mais do que uma ocasião de celebração, essa data nos convida a refletir acerca da garantia de direitos humanos fundamentais, e, de modo particular, da nossa contribuição para o cumprimento desses direitos, especialmente em momentos tão turbulentos pelos quais o mundo atravessa.

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A Declaração Universal dos Direitos Humanos, instituída pela ONU, preconiza que "todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos".

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Fica a reflexão: como você pode ajudar na efetivação dos direitos humanos e contribuir para que o mundo se torne um lugar melhor para todos?

Rua dos Timbiras, 1940 - sala 1404 - Lourdes - Belo Horizonte/MG

Celular: (31) 99862-6985 ou

Consultório: (31) 3786-2750

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